O novo Cd de Ana Carolina é um suplício de se escutar. O que era apenas uma ameaça ao ouvir os primeiros versos da primeira faixa, de nome “Pole dance” (“Ela rebola, rebola, rebola, ela quer dólar, quer dólar, quer dólar...”) se transformou, após atenta audição, na concretização de meus mais fortes temores: Não dá mais para dizer que Ana Carolina está ficando chata. Ela já ficou chata, no mínimo, a uns dois ou três discos atrás.
Não dá mais pra aguentar aquelas letras em que a cantora veste a capa da cafajeste/pegadora (Sei do inferno que eu criei / Na sua vida / Por isso é que você me quer / Então vai ter que me encarar -“Esperta”), o erotismo forçado (Pra distrair ela lê, seu olhar de estilingue / Acerta todo o cabaré, homem e mulher / É muito mais do que bilíngue / Faz com a língua o que quiser – “Pole Dance”), as letras do tipo trava língua repleta de citações de nomes de gente que Ana acha que é chique citar (Será que eu sou capaz de tal canção? / Que tenha algo em excesso ou algo excelso / Como uma peça, um ato de Zé Celso / Como um poema de Augusto de Campos / Ou como um rock de Arnaldo Antunes.... – “Uma Canção Para Ti”), e, as piores, as letras em que Ana Carolina se transforma na amante psicótica (Sei que fui fanática, suicida / Abri mão da própria vida / Fui refém e fui bandida / Por querer te amar demais – “Combustível”).
É sintomático que a melhor música do disco seja um pastiche de Chico Buarque. “A resposta da Rita” é um samba feito sobre a letra e a melodia de “A Rita” de Chico Buarque, no qual a personagem da canção original responde ao compositor, numa letra interessante. Mas precisou a inspiração do grande Chico para motivar o talvez único momento alto do disco inteiro (e com a participação de Chico contracantando a sua própria música). No resto o Cd é enfadonho, chato, repetitivo.
Resta o vozeirão cheio de personalidade de Ana, que, quando não carrega nas tintas, é boa cantora. Talvez esteja mais do que na hora de Ana largar a mão da composição e fazer um disco somente de músicas dos outros, daquelas já conhecidas e batidas, mas que não são clássicas à toa.
Não dá mais pra aguentar aquelas letras em que a cantora veste a capa da cafajeste/pegadora (Sei do inferno que eu criei / Na sua vida / Por isso é que você me quer / Então vai ter que me encarar -“Esperta”), o erotismo forçado (Pra distrair ela lê, seu olhar de estilingue / Acerta todo o cabaré, homem e mulher / É muito mais do que bilíngue / Faz com a língua o que quiser – “Pole Dance”), as letras do tipo trava língua repleta de citações de nomes de gente que Ana acha que é chique citar (Será que eu sou capaz de tal canção? / Que tenha algo em excesso ou algo excelso / Como uma peça, um ato de Zé Celso / Como um poema de Augusto de Campos / Ou como um rock de Arnaldo Antunes.... – “Uma Canção Para Ti”), e, as piores, as letras em que Ana Carolina se transforma na amante psicótica (Sei que fui fanática, suicida / Abri mão da própria vida / Fui refém e fui bandida / Por querer te amar demais – “Combustível”).
É sintomático que a melhor música do disco seja um pastiche de Chico Buarque. “A resposta da Rita” é um samba feito sobre a letra e a melodia de “A Rita” de Chico Buarque, no qual a personagem da canção original responde ao compositor, numa letra interessante. Mas precisou a inspiração do grande Chico para motivar o talvez único momento alto do disco inteiro (e com a participação de Chico contracantando a sua própria música). No resto o Cd é enfadonho, chato, repetitivo.
Resta o vozeirão cheio de personalidade de Ana, que, quando não carrega nas tintas, é boa cantora. Talvez esteja mais do que na hora de Ana largar a mão da composição e fazer um disco somente de músicas dos outros, daquelas já conhecidas e batidas, mas que não são clássicas à toa.
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